sábado, 31 de março de 2012

Resenha do livro "Vidas Secas" - Baleia

Graciliano Ramos (1892 a 1953) nasceu em Quebrangulo, 27 de outubro de 1892, foi um romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista brasileiro do século XX. Um dos seus romances mais conceituados é Vidas Secas (1938),que é uma obra que mostra a toda a realidade dos sertões brasileiros naquela época. Na história, conta com a presença de uma personagem que encanta e emociona no decorrer da obra, a cachorra Baleia, que apresenta vários paradoxos, mas também é a maior contradição do que é a sua humanidade.
Baleia nesse enredo passa por um processo de chamado de antropomorfização, onde apresenta traços humanos, como, por exemplo, a solidariedade, e de tenta amenizar a dor da família com sua alegria. A morte de Baleia mostra o quanto é importante para todos da família, Fabiano com pena de ver a cachorra sofrendo a beira da morte, resolve mata-la para alivia-la da dor, Sinhá Vitória acha melhor espera mais um pouco para ver se a cachorra melhora, mais não tem jeito Fabiano mata a cachorra, as crianças ao perceberem a ação do pai, se entristecem pois consideram Baleia como um irmão. Ao morrer Baleia sonha que vai acorda num mundo melhor, podemos até dizer que ela morre "feliz", sem nenhum remoço da atitude de Fabiano.
"Procurei adi­vinhar o que se passa na alma duma cachorra. Será que há mesmo alma em cachorro? Não me importo. O meu bicho morre desejando acordar num mundo cheio de preás. Exatamente o que todos nós desejamos. (…) No fundo todos somos como a minha cachorra Baleia e esperamos preás. " Graciliano Ramos, Cartas. Nesse trecho temos um comentário do escritor sobre Baleia.
Por fim posso dizer que Baleia é uma personagem que dedica toda sua vida a Fabiano, Sinhá Vitória, para o Menino mais velho e para o Menino mais novo, pois esta ali sempre, com toda sua "alegria de viver" tentando amenizar todos os sofrimentos vividos dos membros da família.

Nenhum comentário:

Postar um comentário